Ensino da leitura: Compreensão de Textos

EBI de Ferreira de Aves - Bolo de Chocolate


Quem não gosta de bolo de chocolate? Quase todos gostamos mas nem todos puderam provar o bolo que fizemos na escola de Lamas. Deviam ter visto a sala do primeiro ano transformada em cozinha! 
A professora Eduarda levou para a escola uma receita de bolo de chocolate e estivemos a ler e a confeccionar o bolo. Depois apareceu por lá um cozinheiro distraído que resolveu baralhar uma receita que tivemos que compor. A nossa sorte é que já sabíamos que as receitas se organizam quase todas da mesma maneira: Ingredientes, modo de preparação...
Mas o melhor de tudo foi quando apareceu o bolo fumegar! Estava mesmo uma delícia!


    

    





EB1 de Corvos - O INVERNO


É verdade que estamos no Inverno... Esta estação do ano chegou em Dezembro, durante as férias do Natal e por isso nem tivemos oportunidade de falar nela na escola.
Em Corvos estivemos a aprender mais sobre esta estação! No início não nos lembrávamos de quase nada sobre esta estação mas quando a professora Cristina começou a mostrar umas imagens, as coisas melhoraram bastante. Depois lemos um texto em voz alta e conseguimos descobrir ainda mais coisas! As perguntas que a professora nos fez a seguir foram música para os nossos ouvidos e as respostas ficaram logo na ponta da língua!

  










A presentação usada na oficina temática




O4 – Ensino da Leitura: A Compreensão de Textos



(Ferreira de Aves, 2009-12-14)



1. Construção da Sessão









1 - Questões práticas relativas à formação:



i. preenchimento/recolha de inquéritos sobre a formação;



ii. boletins itinerários;



iii. materiais a fornecer pelo PNEP.









2 - Breve debate sobre a sessão anterior (decifração):



i. troca de experiências (constrangimentos e virtuosidades);









3 – Ensino da Leitura: a Compreensão de Textos:



i. a leitura como ferramenta facilitadora;



ii. leitura e compreensão;



iii. determinantes da fluência na compreensão de textos;



iv. modelo da compreensão da leitura de Giasson;



v. tipos de texto;



vi. modelo geral de intervenção na leitura;



vii. reflexão sobre as práticas – o que perguntar e como perguntar.









4 – Trabalho Prático:



i. leitura do texto Ulisses (fotocópia);



ii. questionamento do texto em grupos de dois formandos utilizando a “síntese da Taxonomia da Compreensão Leitora de Catalá e Colaboradores (2001);



iii. apresentação aos colegas das questões elaboradas, situando-as nas respectivas componentes e objectivos da actividade/funções;









5 – Proposta de actividade para dinamização das sessões tutoriais conforme propostas da brochura.















2. Expectativas relativamente à Sessão









“Antes da palavra a disposição da gente é mundo!”



(Paulo Freire)



Só podemos entender o conceito de leitura na medida em que esta nos permite “viajar” e compreender o mundo.



Um dos principais problemas dos alunos no nosso sistema educativo é a deficiente compreensão leitora. Isso tem sido confirmado através dos resultados da provas de aferição e deve preocupar em primeiro lugar os professores, enquanto responsáveis directos pelo ensino que é praticado nas nossas escolas. As provas de aferição trouxeram às escolas, de forma massificadora, novas maneiras de perguntar, diferentes formas de interpretar textos. Mas será que estamos preparados para treinar os nossos alunos nestas novas competências? Serremos capazes de perguntar de maneira diferente? De que nos servirá perguntar aos nossos alunos se o papá pia ou papa o pipi?









3. Reflexão sobre o tema









Ensinar a ler obriga necessariamente uma reflexão constante sobre os processos envolvidos na missão de que incumbimos os nossos alunos: extrair significado de uma mancha irregular de signos.



Podemos começar por pensar que ler é colocar em jogo duas actividades cognitivas complementares: identificar letras fazendo a correspondência entre os grafemas e os fonemas e atribuir significado. Nesta segunda dimensão que permite a compreensão de textos, é onde, comprovadamente, os nossos alunos sentem as maiores dificuldades. A minha experiencia profissional permite-me acreditar que essas dificuldades ocorrem porque nos preocupamos demasiado com a primeira componente (correspondência entre grafema e fonema) e desaproveitamos a segunda, (atribuição de significado). Não se trata de preparar mais uma actividade direccionada apenas para a compreensão de textos mas de desenvolver ambas as componentes em simultâneo, partindo de um paradigma diferente, dando sentido à aprendizagem da leitura.



Assim sendo, para aprenderem a ler. Os nossos alunos terão de ter acesso aos melhores textos literários: textos de tal forma motivantes que a tarefa de extrair significado lendo constituirá para eles um novo desafio. Alunos verdadeiramente motivados não falarão com entusiasmo da nova letra que aprenderam mas



da história inventada,



do poema divertido,



da notícia inesperada,



do mundo construído!



No Primeiro Ciclo, a melhor referência que temos para uma boa qualidade dos textos, são as obras recomendadas pelo Plano Nacional de Leitura.



Outro aspecto que me parece fundamental para melhorar o desempenho dos nossos alunos ao nível da compreensão é o conhecimento que temos sobre os alunos com que trabalhamos. Esse conhecimento pode ser obtido através da avaliação diagnóstica. Cada aluno é diferente pelas capacidades que possui, pela personalidade que desenvolveu, pelo apoio familiar de que dispõe… Um importante desafio que se coloca aos professores é o de conseguir valorizar aquilo que cada aluno já conhece e é capaz de fazer!



Finalmente, importa que o professor utilize em sala de aula estratégias que permitam aproveitar convenientemente todo o conhecimento de que dispõe sobre os seus alunos. Para isso, parece-me que o “modelo geral de intervenção na leitura” dá uma dimensão prática a tudo o que referi até agora. Recorrendo às estratégias sugeridas para “antes”, “durante” e “após” a leitura, o professor consegue que os seus alunos dêem uma dimensão pragmática à leitura, estimulem conhecimentos, organizem informação, despertem interesse e motivação, retirem prazer da leitura… aprendam a LER.

Ensino da leitura: a Decifração




«O percurso da aprendizagem da leitura deve ter como meta primordial a fluência que leva à rapidez de decifração e eficiência na extracção do significado do texto lido. A fluência da leitura obriga o leitor a descodificar automaticamente, de tal maneira que a sua capacidade de atenção esteja centrada na compreensão do texto. A velocidade e profundidade de compreensão são os dois grandes factores que estruturam a eficácia desta competência.
A rapidez de decifração (identificar rápida e eficazmente palavras conhecidas) é pois um dos requisitos de um leitor fluente capaz de se apropriar do significado do que lê e também ter prazer em ler.»
Eduarda Fontinha (formanda PNEP)


Conhecimento da língua: Consciência Fonológica

EBI de Ferreira de Aves - IA UMA BARQUINHA CARREGADINHA DE...

Na sessão sobre consciência fonológica, os alunos da professora Eduarda ouviram uma história com rimas andaram a brincar com as sonoridade das palavras. A Barquinha foi uma ideia do professor Marcelino... Passou por Lamas e ficou ficou carregadinha de palavras a rimar!

    



EB1 de Casal de Cima - A CIGARRA QUE NÃO SABIA FALAR

Conhecem a história da cigarra que não sabia falar? Eu também não conhecia! Esta cigarra consegui aprender a falar com a ajuda dos meus amigos de Casal de Cima que nesta sessão aprenderam a isolar sílabas e sons de palavras. Pode ser um exercício muito divertido e por vezes não é nada fácil!

    


Imagens de outras actividades...






Apresentação e outros materiais usados na Oficina Temática






Desenvolvimento da Linguagem Oral



A oralidade como ponto de partida para a aprendizagem da leitura e da escrita...






EB1 de Sátão - A sopa de pedra


Os alunos ouviram a lenda da sopa de pedra, numa adaptação de Ana Oom, narrada por Bárbara Guimarães. 
Recortaram  e sequenciaram imagens da história. Apresentaram a ordem escolhida e discutiram sobre a melhor ordenação a dar às imagens. Como não houve muito consenso, ordenaram-se as imagens no quadro. Imaginem que faltavam duas... Houve necessidade de ouvir de novo a história para identificar as cenas em falta. Podem crer que desta vez ouviram a história com atenção redobrada!
Depois de desenharem as imagens em falta ainda houve tempo para fazerem o reconto oral da história. 
   


 


Eb1 de Sátão - Ouvir e desenhar


Com esta actividade pretendia-se que os alunos estivessem atentos ao que ouvem e utilizassem técnicas simples para registar e reter informação. Ouviram com atenção, registaram informações no caderno de apontamentos e fizeram desenhos.

Um dos textos começava assim:

O Pedro vive numa casa amarela.
A casa tem uma chaminé, quatro janelas e uma porta castanha.
Do lado direito...

Agora podem imaginar o resto do texto, apreciando o bonito desenho feito pelo João que esteve com muita atenção!





Apresentação do PNEP

Em Outubro de 2006 a SIC entrou na Escola para mostrar como se ensina no 1º Ciclo do Ensino Básico.
Proponho este filme enquanto ponto de partida para uma reflexão sobre as nossas práticas e a forma como as crianças aprendem a ler e a escrever no nosso país. Nele são referidos a Cartilha Maternal de João de Deus, o Movimento da Escola Moderna, as dificuldades, os métodos de ensino... um ensino “entre o discurso do caos e o do milagre!”


Reflexão sobre a Sessão



Apresentação do PNEP
(Ferreira de Aves, 2009-10-O6)



Sumário:

1 – Visualização dos filmes “Primeira Escola” (reportagem SIC) e “Antes da Palavra” (Paulo Freire).

i. Debate sobre a forma como as crianças portuguesas aprendem a ler;

2 - Apresentação do Programa Nacional de Ensino do Português:

i. Esquema da formação;

ii. Objectivos do PNEP;

iii. Desenvolvimento e estrutura da formação

iv. Calendarização.

3 - Apresentação da proposta para avaliação global dos formandos.

4 – Considerações sobre a estrutura do portefólio a desenvolver.



5, 4, 3, 2, 1. Zero!

Os dias que antecederam a 1ª sessão do PNEP como formador residente foram marcados por uma certa intranquilidade relativamente às minhas novas funções. “Enfrentar uma sala com doze colegas, alguns com mais experiencia docente do que eu, eram o motivo principal da minha insegurança.

Nesta altura permaneço com uma turma de crianças do 2º ano distribuída e o grupo de formação do PNEP encontra-se ainda mal definido. A situação de ter sido forçado a estabelecer protocolos com outros agrupamentos para conseguir formar turma obrigou a que tivesse de conhecer novas caras e intensificou ainda mais este desafio! Inicialmente a turma está constituída por quatro professores do agrupamento a que pertenço, oito do Agrupamento de Sátão e uma de Vila Nova de Paiva mas há professores que ainda não garantiram a frequência da formação e outros que solicitaram a frequência da mesma.

Era importante que estivéssemos todos alinhados no ponto de partida mas isso não será possível e termos de avançar, mesmo que a velocidades diferentes, integrando os novos elementos durante as próximas sessões. Procurarei dar uma atenção acrescida aos que forem entrando na turma, integrando-os no espírito do PNEP.



Expectativas relativamente à Sessão

Preocupei-me em agitar um pouco as consciências dos meus colegas, apresentando experiências inovadoras e motivantes realizadas em Portugal. Para isso escolhi o filme “escola primeira”. Na minha opinião, esta reportagem da televisão SIC provoca alguma intranquilidade em quem a vê, permitindo, ao mesmo tempo, sentir que somos capazes de mudar e inovar nas nossas práticas e que temos todos muito a aprender uns com os outros. Pretendi fazer passar a mensagem de que a aprendizagem mútua deve ser a base de toda a formação, especialmente da do PNEP, na medida em que se vai estender ao longo de todo um ano lectivo, com um grupo significativo de colegas e agrupamentos envolvidos. O PNEP deverá permitir a todos reflectir sobre a forma como se ensina e se aprende, conhecer as vantagens da mudança, alterar práticas…

Outro sobre o qual pretendi que se reflectisse nesta sessão foi o da importância da língua portuguesa enquanto área basilar de todo a formação académica, da forma como se encontra estruturada na sociedade em que vivemos. A língua portuguesa no 1º Ciclo do Ensino Básico tem que ser vista como uma área transversal que abarca e determina o desempenho dos alunos em todas as áreas curriculares.



Dificuldades sentidas

Um dos maiores óbices desta formação é a duração da mesma. De facto, treze oficinas temáticas incluindo a sessão “zero” da apresentação do Programa, doze sessões tutoriais, doze sessões de acompanhamento em sala de aula e uma sessão Plenária Regional assustam grande parte dos colegas e agravam a pouca motivação que se sente junto da classe docente. Senti que para alguns este factor foi determinante quanto à não inscrição na formação ou o abandono da mesma.



Potencialidades do PNEP

Apesar destes, verifica-se que existe ainda um grupo significativo de professores com vontade de actualizar conhecimentos e inovar na prática pedagógica. A generalidade dos temas propostos são do interesse da maioria dos presentes na sessão que destacaram temas como o novo acordo ortográfico e a implementação dos novos programas de português como uma das mais-valias da formação.



 
Ferreira de Aves, 7 de Outubro de 2010

JoãoDuarte

Conhece melhor o PNEP

Consciente das vantagens de um melhor desempenho dos alunos no uso oral e escrito da Língua Portuguesa e da importância desta área para o sucesso na aprendizagem das restantes áreas do 1º Ciclo do Ensino Básico, o nosso Agrupamento está a implementar o Programa Nacional de Ensino do Português (PNEP). A finalidade central deste programa é proporcionar aos professores a reflexão sobre as práticas educativas e o aprofundamento de conhecimentos à luz dos resultados da investigação sobre o desenvolvimento linguístico da Criança e sobre as aprendizagens da língua neste ciclo escolar tão relevante para o sucesso futuro dos nossos alunos.

O processo de candidatura iniciou-se no ano lectivo 2008/2009. Um professor do 1º Ciclo frequentou uma formação na Escola Superior de Educação de Viseu que funciona como núcleo regional do PNEP. Este ano, o nosso Agrupamento destacou esse docente para desempenhar funções de “formador residente” e constituir um grupo de formação que integra professores de Ferreira de Aves, Sátão e Vila Nova de Paiva.

O AVEFA candidatou-se ao programa, considerando-o uma referência no processo de formação e actualização dos conhecimentos e das práticas, bem como na melhoria dos níveis de sucesso dos alunos do 1º Ciclo em Língua Portuguesa. Nesta perspectiva estão a ser criadas condições para:

i) o debate de temas referentes aos domínios da linguagem, com vista à actualização e aprofundamento dos conhecimentos científicos e metodológicos dos professores;

ii) a promoção de novas aprendizagens e a reflexão sobre as já adquiridas, integrando-as na prática pedagógica;

iii) a partilha de experiências adquiridas na formação, apresentando-as aos colegas como sugestões de trabalho, de acordo com as temáticas abordadas;

iv) a promoção da partilha de práticas entre os formandos, interligando-as com as novas práticas e enriquecendo todo o processo de formação de cada um e do grupo;

v) o melhoramento dos níveis de compreensão da leitura e de expressão e compreensão oral e escrita dos alunos do 1º Ciclo;

vi) a alteração e enriquecimento de algumas práticas pedagógicas, valorizando os diferentes domínios da língua, com vista ao sucesso do ensino e aprendizagem do português;

vii) a preparação para a implementação do novo programas de Português no 1º Ciclo do Ensino Básico que entrará em vigor no próximo ano lectivo.

Falando um pouco mais em pormenor do programa, referimos que, ao longo do primeiro período, foram dinamizadas oficinas temáticas e actividades de sala de aula sobre desenvolvimento da linguagem oral, conhecimento da língua – consciência fonológica, ensino da leitura – a decifração e ensino da leitura – a compreensão de textos. Ao longo do ano lectivo serão implementadas oficinas e actividades de sala de aula no âmbito de assuntos como a literatura para a infância, avaliação da leitura, dimensão gráfica e ortográfica da escrita, acordo ortográfico, dimensão textual da escrita, avaliação da escrita e conhecimento explícito.


João Duarte